quinta-feira, 1 de novembro de 2012

SOLO SOLITÁRIO

( do meu livro Além do Que Vemos )
Foi ao som de Frédéric Chopin
E do tule branco que o vento trazia.
Nele, o cheiro verde da noite.
A poeira era última
Trazida da janela.
As pequenas bailarinas da música
Rodavam devagar
No vento calmo,
Da noite calma...
Nas notas musicais que pareciam dançar
Entre o claro lúster da sala.
E os corvos lá fora
Se renderam a esse encanto,
Não mais cantavam para a lua
Nem para a última senhora que dobrava a esquina.
Parecem ter entendido os tons:
Noturnas eram as horas,
“NOTURNO”, naquela sala solitária.
RAFAEL MANIÇOBA

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